sábado, 14 de julho de 2007

Agora percebo...

Sabem aquele sorriso quase maternal que temos quando vemos uma adolescente de 15 anos a viver... Esperem lá, isso era no meu tempo... quando vemos uma adolescente de 11 / 12 anos... hmmm, também não... ah! quando vemos uma adolescente de 9 / 10 anos... OK! OK!... quando vemos adolescentes como a minha afilhada de 4 anos a viver o seu primeiro amor e dúvidas acerca dele (fica com o João que lhe empresta os brinquedos ou com o Manel que brinca com ela?)...??? E nós olhamos e pensamos "Tão gira! Daqui a uma semana já não é o João nem o Manel... ou então estará a chorar baba e ranho como se fosse o fim do mundo..."


Pois, imaginem então que têm 20 e tal anos, já viveram umas coisitas boas e outras menos boas. A tendência é para não fazer grandes demonstrações do que sentem, não é? Quer dizer, já nãoé o primeito amor, cheio de novas e inebriantes sensações... Mas imaginem agora que desta vez decidiram fazer diferente. Decidiram assumir em pleno o que sentem.

Não acham frustante quando estamos felizes e contentes, os olhos brilham e nada nos chateia, fazemos planos e sonhamos e os outros à nossa volta olham-nos com aquela ar céptico de quem não acredita que vá durar? Mesmo a família, com toda a sua preocupação natural, não consegue reagir com total naturalidade.










E o que dizer quando têm razão, não durou, e temos de admitir que acabou e nos olham com aquele olhar de pena? Ou de preocupação? E depois vêm os sucessivos "Estás bem?", duas vezes ao dia pelo menos!


Mas fixe, fixe (sarcástica mode) é quando nós dizemos "Acabou, ficámos amigos,não há nada para dizer." e nos dizem "Não fiques assim...!"


Não fiques assim, como? Por acaso chorei baba e ranho? Por acaso estou a dar murros na parede?


Isto faz-me lembrar quando alguém morre. A pessoa nem era muito próxima, nós vamos ao funeral mais por consideração dos parentes mais próximos e tal. Então, lá estamos nós no nosso canto a pensar na vontade desesperante de fumar um cigarro ou de pegar numa revista, quando lá vêm as velhas do costume que mais parece andam ali apenas para compor o cenário e chegam-se à nosssa beira, essas sim a chorar baba e ranho, e agarrram-nos e dizem "Tens de ser forte! Não chores!" e nós "Se insiste!" e elas continuam a dizer o mesmo, até que nós começamos mesmo a chorar mas porque a velha nos aperta tanto e estamos prestes a morrer sufocados.


Mas pronto, como tudo na vida, há coisas bem piores. É o que eu digo sempre: quando as coisas correm mal temos de lembrar-nos que podem ser bem piores. Como quem diz, se fores na rua e um pássaro te cag** na cabeça, pensa que sorte é as vacas não terem asas!!!










4 comentários:

Ana disse...

Minha querida, eu sei que até estavas com pressa e tal... para ires p'ro cinema e tal... mas dá lá um jeitinho neste post! É que deixaste tanto espaço em branco que até achei que estava na página errada!

Pois, essa história de a gente perguntar "estás bem?" ou dizer "não fiques assim", já é da praxe. Ás vezes não há muito mais a dizer, não é? Cada um é que sabe como passa pelas coisas.

Mas olha, já agora, estás bem?
E já agora... não fiques assim!
Heheheh

Beijocas e bom fim-de-semana!

Babe Certificada disse...

Bom, Ana, a culpa foi da net que estava sempre a cair.

Quanto ao post, gost mais da reacção das minhas amigas. Quando estou em baixo e tal, não tem pudores e é logo "tás com uma cara de monga. vâ lá se te animas!"

Não há cá "Como estás?". Como carago devo estar? Viva e a respiara, já é meio caminho andado.

Ana disse...

BABE:

É mais fácil quando conhecemos bem a pessoa dizer outro tipo de coisa, claro!

Babe Certificada disse...

Ana

Sim, claro, tens razão. Mas eu refiro-me à pergunta seguida do olhar... tás a ver? Aquele olhar...

Mas, pronto, em vez de perguntarem "Estás bem?", é melhor "Tá tudo?" ehehhe