terça-feira, 31 de julho de 2007

No mínimo... surpreendente.


Estava a ler a ACTIVA do mês de Agosto quando vejo a carta de uma leitora a relatar um caso, no mínimo, surpreendente.


Esta leitora tem um problema de saúde e após alguns tratamentos sem sucesso, o médico disse que o transplante de medula seria o mais indicado. A senhora tem 2 irmãos que fizerem o teste de compatibilidade. Só a irmã era compatível. A irmã... recusou ser a dadora.


A leitora diz ainda que elas se davam bem e que a irmã até era licenciada. Queria ela dizer que não foi por ignorância ou falta de informação. Pois bem, foi porquê?


Já aqui disse algumas vezes que não tenho uma boa relação com a minha irmã mais velha. Na verdade quase não temos relação. Ignorámo-nos e evitámo-nos mutuamente. No entanto, se a vida ou saúde dela dependesse de mim, eu não hesitaria! Nem que fosse o vizinho da esquina. Como pode alguém recusar ser dador, quando isso não lhe traz maleficios e ainda pode salvar uma vida humana? Recusar à própria irmã ajuda para combater uma doença!!!
Já agora, para quem quiser ser dador:
http://www.chsul.pt/menu.htm

domingo, 29 de julho de 2007

JANTAR!!!


A Babe vai passar uns dias na Capital, como já foi anunciado algures neste canto. Aproveitando tão maravilhoso acontecimento, a Anokas decidiu marcar um jantarzinho com os sobrevimentos do último jantar (21 de Abril). Mas, ela sabia que isso seria um acto egoísta. A Babe merece ser devidamente apreciada e admirada pelos seus fãs... cof cof cof


Por isso... estão todos convidados para um jantar de bloggers que se realizará no dia 24 ou 25 de Agosto (Sexta ou Sábado, vai depender da escolha da maioria), num local ainda a definir na capital.


Para confirmações, donativos ou subornos, enviem mail para babecertificada@sapo.pt (gajos, têm de pôr foto de corpo inteiro!) ou ana.c.d.morgado@sapo.pt.





Ia falar de comer...


Pergunta: Para que serve um bigode?


Resposta:



Exactamente. Na minha cabecinha linda, não ocorrem respostas possíveis e aceitáveis. De certeza que quem tem um lá sabe, assim como os nossos belos machos (cara de horror!!!) que gostam de ter a unha do dedo mindinho... GRANDE! Só quem tem sabe porquê. Uiiii!


A verdade é que este tema surgiu quando me lembrei de escrever um post sobre comer... comida. Não sei a que propósito veio-me logo à ideia um belo bigode cheio de restos de sopa. E o dono desse belo bigode a oferecer um beijo à esposa. E a bela da esposa a tirar pêlos do meio dos dentes. Enojados??? Pois... eu pensei isso tudo antes de comer. Agora já não tenho fome. Bom para a dieta, é o que vos digo.


E pêlo no peito??? A verdade é que um bocadito de pêlo não faz mal a ninguém (ninguém homem, claro!). Mas, imagens do Toni Ramos nu...


Meus caros pseudo-machos latinos, um homem quer-se com aspecto de homem, não de urso, ok? Algum pêlo sim, dá gosto tocar e puxar... agora um cobertor? E com este calor??? Não ficam gays por fazerem alguma depilação. Ah! E tirem o raio do bigode! Haverá alguma mulher que goste de beijar um monte de pêlos?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Esclarecer



Detesto minhocas na cabeça. Especialmente na minha. Disseram-me que o post "gosto de gostar de ti" estava confuso, que podia levar a interpretações erradas. Acredito que sim. Quando leio o que escrevo, tenho as bases na cabeça. Mas, quem lê pela primeira vez e não tendo um contexto, pode achar confuso. Pois então, cá estou eu novamente, e com o mesmo tema, para ajudar a entender.


Exemplo 1: Se temos uma relação com alguém, supondo que ambos nutrem sentimentos semelhantes um pelo outro, isso leva a que estejamos a viver um momento bom, feliz. Uma briguinha aqui, outra acolá, mas nada de relevante e que até apimenta a relação. A expressão será "é tão bom amar e ser amada", certo? É tão bom gostar e ser correspondida. Gosto do que estou a viver por gostar de ti. Gosto de gostar de ti. Ponto. Acho que dá para entender.


Exemplo 2: Acabou a relação, ou nem sequer existiu. Temos sentimentos por alguém, não somos correspondidos. A verdade é que nessas alturas vivemos num estado de alguma ansiedade, insatisfação. Parece que tudo corre mal, e mesmo o que corre bem não tem aquele sabor especial. Queremos a todo o custo deixar de gostar, amar, querer - escolham! Ocupamo-nos o mais possível, de modo a não pensar naquela paixão. O que realmente queremos é deixar de gostar daquela pessoa. Não gostamos de gostar. Percebem?


Exemplo 3: Muitas vezes, após terminarem relações, ou ao fim de algum tempo sós, as pessoas tendem a olhar para trás e só recordar os momentos agradáveis que passaram com outra pessoa. Lembram-se como era bom gostar de alguém. Pessoas mais independentes, confiantes, mesmo sentindo falta de alguém, conseguem distinguir melhor o que realmente sentem falta. Se calhar não é bem daquela pessoa, mas do conforto, segurança que a relação proporcionava. No entanto, preferem esperar até aparecer outra pessoa de quem realmente gostem e que as preencha, que as satisfaça e até lá, aproveitam bem a sua vida. Há sempre um momento melhor, outro pior, mas nada que impeça de ter uma vida saudável e agradável.


Exemplo 4: Algumas pessoas - e todos conhecemos alguém assim - são, por natureza ou pela vida que tiveram, mais inseguras, mais carentes, mais predispostas a toda a atenção que consigam obter. Tornam-se dependentes de quem lhes dá alguma atenção, segurança. Existe algum conforto em ter alguém, em poder dizer "Eu tenho alguém que gosta de mim. Tenho valor." Valorizam-se a elas próprias, pelo valor que lhes dão, não por gostarem de delas mesmas. Por vezes, nem sempre (embora os casos que eu conheço, tudo me leva crer que sim), não gostam especialmente da pessoa com quem estão. Gostam, de certa maneira, mas não tanto como seria de esperar. Na verdade, aliás pelas coisas que muitas vezes suportam, gostam mais da ideia que falei em cima. Gostam da ilusão de gostar de alguém e tudo o que advêm daí. A maior parte das vezes, julgam mesmo que estão apaixonadíssimas. Mas, aparecendo alguém que lhes dê a mesma sensação, elas consideram a ideia de mudar. Precisam de atenção constante. Precisam de alguém. Mais que gostar da pessoa, gostam mais da ideia de gostar de alguém.



Espero ter esclarecido quem estivesse confuso.

Espiões

"A agência oficial de notícias do Irã, a Irna, informou que 14 esquilos foram detidos sob suspeita de espionagem. Os animais foram encontrados na fronteira do Irã e supostamente estariam esquipados com dispositivos de escuta. O chefe da Polícia Nacional do Irã, ao ser questionado pelo fato divulgado pela Irna, respondeu: "Eu ouvi algo sobre isso, mas não tenho informações precisas". Segundo a agência, os esquilos foram descobertos pelo serviço de inteligência do ministério do Exterior, mas capturados por policiais. Uma fonte do ministério questionada pela TV britânica Sky News disse que a história era "impossível". Não seria a primeira vez que animais são usados como espiões. Na Segunda Guerra, os alianos usaram pombos para levar mensagens à França ocupada pelos nazistas. Mais recentemente, soldados americanos no Kuwait usaram galinhas como sistema de detecção de contaminação química."

Levadas na conversa


Todos temos uma amiga, ou a amiga de uma amiga, ou a prima da amiga da amiga - enfim, vocês entenderam - que andava, namorava, comia - novamente, escolham o que preferirem - um jovem, todo fixe e por quem estava muito louca, blá, blá, blá... até ao dia em que descobre que o mancebo tinha namorada, já a caminho do altar, ou já era casado e com filhos!


A sério, quem não conhece, ou quem não passou por isso? Acho que não passa uma semana sem descobrir um animal desses. A minha questão é: A FIDELIDADE É POSSÍVEL?


Não querendo entrar em batalhas sexistas, e falarei pelo que conheço de mim e dos meus, a maioria das mulheres não entra na infidelidade por "toma lá, dá cá". Creio que para nós não é uma questão de satisfação física (apenas), mas um acumular de desilusões e de esperanças quebradas, de insatisfação geral e sem resolução à vista, a não ser a separação.


Já tive umas quantas relações e quando não terminaram eles, fi-lo eu, mas em nenhuma dessas relações me passou pela cabeça ser infiel. Continuar com aquele e arranjar outro para suprir o que o namorado não dava. Se não estava bem, terminava. E agora penso, será porque não tive relações demasiado duradouras? Se estivesse há 10 anos com alguém e se já não estivesse bem, seria a infidelidade uma opção?


E estes casos, que existem e cada vez descubro mais? Namoram/ vivem há pouco tempo com alguém e não resistem a um rabo de saias, contam as maiores mentiras, engendram os planos mais mirabolantes para não serem apanhados... Tirando o sexo e a atenção extra, que conseguiriam na mesma indo aos anúncios de massagens no jornal, porque querem manter 2 relações?


O tempo vai passando, vou vendo e aprendendo coisas... e às vezes fico feliz por manter alguma da minha ingenuidade. Porque sou, acreditem, e muito. Confio demasiado. Ainda hoje, já vi e vivi coisas, que deveriam servir como barreira e eu, atiro tudo para trás das costas e vivo cada nova relação como se fosse a primeira. Mas, existe um senão. Gajos assim, conseguem ser muito bons na arte de alterar a verdade, de arranjar justificações para tudo o que nos leva a desconfiar... A pergunta é: COMO DESCOBRIMOS QUE ESTAMOS A SER LEVADAS NA CONVERSA?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Filhos


Uma vez por mês, durante uns 5 minutos, penso em ter um filho. Dedico o primeiro minuto aos prós e os outros 4 aos contras. Acreditem que já é uma grande melhoria, dado que há um ano atrás a ideia nem se colocava.


Aliás, caso acontecesse o mais certo era fazer um passeio até Espanha. Hoje, bastaria ir ali ao hospital mais próximo, mas... já não o faria. Apesar de 4 minutos de contras, estes apenas servem para evitar uma gravidez. Caso esta acontecesse, eu teria a criança. Já não tenho um bom motivo que me leve a considerar a ideia de não ter. Tenho casa, emprego, família e amigos, sou fisica e mentalmente capaz...


Mas, a verdade, é que não penso ser mãe, pelo menos nos próximos 3 ou 4 anos. Sou demasiado egoísta. Pressão, responsabilidade e exigências, só gosto das do trabalho. No resto, quero é paz e sossego.


Aqui há dias, eram 8h da noite, estava a fazer o jantar e a SistFixe foi lá com a minha afilhada, a Nocas. A menina é a minha perdição, morria por ela, mas... naquele dia eu não a queria. Estava stressada, cansada, só queria deitar-me na caminha e "mainada"! E não é que a catraia quis ficar comigo??? E eu acedi. No final do jantar, levá-la-ia a casa. Mas, a verdade é que fiz um esforço enorme para estar com a menina. Com 4 anos, não se calam, perguntam N coisas, mexem nisto, mexem naquilo e eu só pensava em apertar-lhe o pescoço!!! Mas, mantive-me aparentemente calma, jantei em tempo record e pimba!... devolvi-a a quem de direito.
E pensei que aquilo foi só uma vez. Imaginem dias e dias assim! É preciso querer e gostar...

Gosto de gostar de ti

Caro Anónimo,
este é o meu blog e nele eu escrevo o que bem entendo, certo ou errado. A entrada é livre e os comentários também. Se não concorda com o que digo, estou aberta a novas perspectivas. No entanto, se há coisa que me tira do sério é usarem os meus posts para me ofenderem. Quer-me parecer que os restantes comentadores não acharam assim tão disparatado o que escrevi. Mas mesmo que achassem a forma correcta e EDUCADA seria dizer "Babe, não concordo com o que dizes!" e não "Só escreves disparates!"
(Ah! É tão fácil falar atrás do anonimato, não é? Corajoso!)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Gosto de gostar de ti




Qual a diferença entre gostar de alguém e gostar de gostar de alguém?

Parece confuso? Não é, não. Imaginem que gostam de alguém, imaginem que é recíproco, imaginem que os passarinhos cantam, imaginem as borboletas no estômago... Conseguem? É bom, não é? Gostam da pessoa e gostam de gostar dela, porque isso vos faz felizes. Tudo o resto, mesmo quando corre mal, parece superável. Sentem-se bem.

Imaginem que gostam de alguém, imaginem que não é recíproco, os passarinhos foram abatidos e as borboletas esmagadas... É lixado, não é? Gostam da pessoa e gostariam de não gostar... E tudo o resto corre mal...


Regra geral, é assim que se passa comigo. E quando gosto de alguém e não sou correspondida, basicamente a regra é ESQUECER, partir para outra, andar para a frente... essas coisas todas. E, penso que será assim com todas as pessoas com um mínimo de independência, auto-estima... passado o período de luto, que depende de cada um, é hora de arregaçar as mangas e cuidar da vida.

É claro que para pessoas com baixa auto-estima ou carência afectiva, gostar de alguém ou gostar de gostar torna-se quase a mesma coisa. Mesmo não sendo correspondidas ou não gostando de facto daquela pessoa, a necessidade de estarem ligadas emocionalmente a alguém, como se de um sentido para as suas vidas se tratasse, é tão forte que sofrem por um sentimento que não sentem de facto. Isto até me leva a pensar naquelas relações sem sentido (para nós), quando as pessoas parecem bem mais felizes longe dos parceiros, mas mesmo assim deixam-se estar presas.

Pessoalmente, gosto de gostar de alguém... quando gosto de facto de alguém!


terça-feira, 24 de julho de 2007

Agradável



"És agradável." - foi o que eu disse.


Podia ter dito uma série de parvoíces, que todos dizemos, porque sabemos que vão gostar de ouvir, porque queremos acreditar que é mesmo assim. As mesmas que me dizem, e que eu detesto por serem tão comuns e tão pouco sentidas. Mas não, eu disse aquilo que pensei. Se tivesse reflectido, talvez não o dissesse. Agradável??? Isso é lá forma de elogiar um homem? Por acaso é, e foi o elogio mais sentido e verdadeiro que fiz até hoje.

Mas, apanhei-o de surpresa, eu sei. Agradável??? Deve ter pensado que eu não estava nada entusiasmada! Mas estava, estava muito. Quando nos referimos a algo como agradável, pensa-se em conforto, simpatia, empatia, bem-estar... E então? Não significa que não existisse tudo o resto: atracção, desejo, paixão... Mas, naquele momento "agradável" foi a palavra mais adequada para demonstrar a minha satisfação, por estar ali com ele.


Lembrei-me disto, porque estava a pensar noutras ocasiões em que fui elogiada, no tal modo comum e pouco sentido. E pensei na forma como eu demonstrava o que pensava da pessoa com quem estivesse na altura. Dou-me conta que elogio muito pouco. Sou um tanto ou quanto contida, nesse aspecto. Noutros, serei mais "dada", mas quando tenho de pôr em palavras o que sinto, estas não saiem.


E ele disse "És bonita". Tão simples e tão básico, e o melhor elogio que me fizeram. Não foi "és tão bonita", nem "és a mais bonita". Não. Foi apenas uma constatação do que ele via quando me olhava. E foi tão... agradável!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

As bestas dentro de nós

Este Domingo estive sózinha em casa. De manhã trabalhei, à tarde recostei-me no sofá a ver DVD's, ler e comer. São dias assim que me fazem relaxar (isso, ou uns enrolanços, mas à falta de gajo, fico-me pela preguiça).


No JN vinha a notícia de um tipo que matou o amigo por causa de um isqueiro. Estavam na disco, o tipo pede ao empregado do bar um isqueiro, este recusa, ele vai ao carro buscar uma arma, o amigo tenta impedi-lo e na luta leva um tiro. Chocou-me. Simplesmente, chocou-me. Pelo desperdício de uma vida, assim sem mais nem menos. A porra de um isqueiro!


Essa história não me saiu da cabeça o dia todo. Lembro-me que até a mencionei a um amigo pelo msn e ele nem se mostrou chocado. E a verdade é que isto já nem devia ser capa de jornal, tamanha a violência que reina nas nossas vidas.


E eu pensei no que leva a sermos assim, a não haver qualquer respeito pela vida e pela integridade das pessoas. E pensei que antes não era assim. MAS, FOI SEMPRE ASSIM!


Tudo o que temos agora, sempre existiu, apenas mudaram os nomes! Desde sempre que as crianças são abusadas, apenas agora dá-se o nome de pedófilos e abuso sexual de menores! Desde sempre se matou por ofensas, mas antes eram os duelos pela honra e agora são os crimes passionais! Desde sempre se roubou, mas antes eram os roubos por esticão e agora são os vírus informáticos! Sei lá... pensem, é verdade!


Dá a ideia de sermos bestas, com roupas bonitas!


Estava a ler um livro, um policial, "Irmão Grimm" de Graig Russel e encontri lá uma passagem, que me impressionou:


"Fabel também tinha tentado convencer-se de que o assassino em série era um fenómeno moderno: o produto de uma ordem social a desintegrar-se, de mentes doentias forjadas por maus tratos e alimentada pela disponibilidade de pornografia violenta nas ruas e na Internet. Nessa convicção, contudo, existia uma ligeira esperança: se a nossa sociedade moderna criava tais monstros, podíamos então resolver o problema. Aceitar que era uma faceta fundamental da condição humana significaria perder a esperança."



Dá que pensar, não acham?

AVISO À NAÇÃO


Comecei a ler os meus e-mails e estava lá um do Sr. Papa Mamonas, que me perguntava o msn.



Caro Sr. PAPA MAMONAS


Espero muito sinceramente que a sua abordagem se deva ao facto de acompanhar o meu blog e ter interesse em trocar algumas ideias sobre o mesmo. Mas, como compreenderá, o meu preconceito em relação ao seu nome e total desconhecimento da sua pessoa, leva-me a rejeitar qualquer contacto futuro.




Caros amigos e leitores do meu blog,


não tenho qualquer problema em conversar ou trocar e-mails, mas não me venham com convites directos tipo "Olá! Deves viver perto. Queres conversar com um desconhecido? Adiciona-me ao teu msn."


Sinceramente, tudo o que me pareça com "Deves ser boa para assar. Quero-te comer." leva um NÃO redondo, ok? Se querem abordar-me tenham assunto, se faz favor. Obrigada.


domingo, 22 de julho de 2007

Não há 2 sem 3

Ainda ontem falei nas minhas desventuras, na Sexta, no Sábado e faltava a de Domingo. Já sei qual é! O meu tio, que trabalha comigo, foi á loja e estávamos a falar das férias, quando ele diz que já só vão fechar uma semana, agora em Agosto, por causa de uma nova obra que tem de ficar pronta em Setembro.
Se a empresa não fecha, se quase todos os funcionários vão estar a trabalhar, eu serei "obrigada" a trabalhar também!
E pensar que ainda ontem estava a combinar tudo para a minha ida a Lisboa, com a Ana. Grande porra! Ou não... pode ser que o chefe decida que eu posso tirar as 2 semanas! Pode ser... pois... hmmm... pode ser...

sábado, 21 de julho de 2007

Aventuras e desventuras


A Babe não anda em maré de sorte e a praga da "Sexta-feira 13" chegou com uma semana de atraso! Pois é... ontem, fui ao shopping. Ando sem livros por ler em casa e decidi ir à Bertrand (passo a publicidade) ver o que havia. Vi, gostei e comprei um livro. A seguir, e porque fui rápida e havia pouco movimento, fui à Worten (passo, mais uma vez, a publicidade) ver se havia novidades nas séries em DVD. Vi, não gostei, não comprei. Ao sair, o impensável aconteceu: o alarme tocou. Olhei para trás, lá vinha o segurança e eu fui ter com ele. Imaginem a vergonha. Perguntou se tinha comprado alguma coisa, disse que não, e mostrei-lhe o saco com o livro. Ele passou no sensor e aquilo já não tocou. Devia ser erro do sistema ou lá o que é. Mas, não deixa de ser uma situação chata.


Aproveitei que estava ali e fui ao hipermercado. Entrei, meti as coisinhas no carrinho, blá, blá, blá, chego à caixa ponho tudo em cima do tapete rolante, passo no sensor e aquela MERDA TOCA!!!


Claro que olham logo a pensar "Deve ter roubado cremes". Mas eu pousei logo o meu saco no tapete, aberto e disse à senhora para estar à vontade. Entretanto chega o segurança do hipermercado e eu disse logo que já tinha acontecido antes na Worten. Não quis ver talão de compra, nem mexer no saco. Simplesmente pegou no livro, voltou a passá-lo no sensor, ele tocou e o jovem folheou o livro de uma ponta à outra (mais ou menos) até descobrir que a CABRA da Bertrand não tinha tirado o alarme, que era nada mais, nada menos que um papelinho de cor brilhante! Aconselhou-me a ir reclamar à loja, mas a Babe já estava quase a: a) Chorar de raiva e frustação e b) Pôr-me a andar dali para fora sem livro, nem compras.


Limitei-me a ensacar as compras, pagá-las e vim-me embora.



HOJE, fui ao Porto, à Loja do Cidadão, levantar o meu BI. Fila do caraças, ainda não eram 10h da manhã e aquela gente já cheirava mal que se farta e... "Os BI's que eram emitidos em Lisboa, passam a ser no Porto, por isso todos os pedidos feitos até ao dia 25 de Junho estão atrasados, ligue na próxima Sexta a ver se já está cá o seu". Pedi o meu a 24 de Junho e aquilo marca 5 dias úteis de prazo previsto! Ok. Muito obrigada, POR NADA!!!


E amanhã? Amanhã, a família vai para Fátima e eu fico sózinha, comigo e só comigo, feliz da vida. Ou... Não há 2 sem 3, né?

sexta-feira, 20 de julho de 2007

À espera... no aeroporto



Ontem, chegou ao fim mais uma espera, esta com um fim garantidamente feliz. Fomos receber a Loirinha depois de 5 meses de ausência.

O avião chegaria às 22h. Sai a Babe disparada do escritório, toma um duche, janta e ainda não eram 21h já estava a carregar as restantes "esperantes". 21h30 já estavamos no aeroporto.

Aeroportos. Gosto. Também gosto de auto-estradas. E de estações de combóios, autocarros. Gosto de tudo que me dê a ilusão de viagem, de partidas e chegadas, de descobertas, de aventura... Gosto de tudo o que me possa levar daqui para fora um dia e me traga mais tarde. Gosto.



Adiante. Houve atrasos. Chegou, finalmente, à meia-noite. Já havia quem desesperasse. Eu estava calma. Para não variar, alguns passageiros ficaram sem as bagagens. Ela, entre eles. Até que, 40 minutos depois, a porta se abre e ela surge e houve aquele momento, nem 2 segundos, em que se prende a respiração e observamos bem para ter a certeza que é ela. Depois os gritos de alegria. Os sorrisos. Os abraços. As lágrimas...


No momento em que a abracei, a apertei bem junto de mim... não chorei, não senti aquela emoção de coração a saltar... senti-a apenas a ela, aquele abraço reconfortante... recuperei mais uma das minhas meninas. :-)

Eram 2h quando me deitei. Devia dormir, mas estava bem desperta. Pensei como é engraçada a forma que temos de reagir à ausência de quem mais gostamos. A forma como a nossa mente e coração se preparam, sem termos bem consciência disso.


Enquanto esteve fora, a net foi sempre o meio de comunicação. E eu raras vezes falei com ela. Senti a sua falta sempre que nos juntávamos e ela não estava. Mas, eu sabia que era um questão de tempo. Não fora uma partida ao Deus-dará, sem saber se voltava. Foi uma viagem programada e eu mentalizei-me que não adiantava sofrer desnecessessáriamente. E quando ela voltou, foi quase como se sempre tivesse estado ali. Mais parecia que no dia da partida tinha carregado no PAUSE e agora que voltava, no PLAY.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Viagem dos meus sonhos









Austrália.
É aí que eu quero ir um dia. Não numa viagem de meia dúzia de dias, sem tempo para nada. No mínimo um mês. Conhecer a cidade, cosmopolita, moderna, sofisticada. Conhecer a natureza selvagem, intocável.


(É claro que quando eu tiver dinheiro para passar um mês na Austrália, conhecer e fazer tudo o que for possível, provavelmente não vou ter coragem de o gastar numa simples viagem. Mas fica a vontade. :s)


Há quem faça aquela cara de surpresa e gozo, quando falo nisto.

- "Sabias que é o país com mais espécies venenosas?"

Por acaso até sei, mas não penso estar com elas. :-DDD

Ficam algumas imagens, retiradas da net.








De 3 em 3


Ora, como falei no post "Queremos sangue!!!", tenho uma história interessante sobre os meus acidentes de carro. É mais uma coincidência estranha.

Vou começar pelos pontos em comum:

1º Vou sempre sózinha (Estão a ver como sou querida e não vos faço mal?)

2º Vou sempre devagar (Por isso acho que devíamos todos conduzir acima da velocidade permitida.)

3º Não estou distraída com comida ou telemóvel (Agora até ando com auricular no carro!)

4º É sempre entre Setembro e Outubro (É só para mostrar o descontentamento por voltar ao trabalho!)

5º Acontecem com intervalo de 3 anos (Verdade! Coincidência maluca.)


6º Pago todos os consertos (E doeu que se farta.)


7º Nunca acerto em ninguém. Apenas paredes ou rails. (Por isso, não tenham medo. Podem andar por Famalicão à vontade.)


8º Nunca me aleijo. (Mal corria, com 4 airbags à frente... mais os meus.)


O PRIMEIRO



Carta com 3 meses, fresquinha, fresquinha, andava no carrinho do pai (acabadinho de pagar) e ia para o emprego. Saía de casa meia hora antes para dar uma voltinha no pópó. A gasolina era barata naquele tempo... para mim, que não pagava!!!

Um "small dick men" entra na estrada sem reparar se vem alguém, a Babe trava justamente em cima de uma mancha de óleo e o carro lá vai esborrachar-se contra o muro do outro lado da estrada. Azar dos azares, foi na terra do imbecil de pilauzinho pikeno, não cheguei a bater no carro dele, ele era agente de seguros, ninguém quis testemunhar e o meu agente de seguros preencheu mal a queixa (provavelmente, outro dickzinho) e a Babe pagou na altura a módica quantia de 3250€. Ai! Acreditem que doeu, porque tive de adiar a compra de um carro para mim.



O SEGUNDO



Já tinha o meu próprio carro, mas gostava mais do do meu pai, por isso lá vou eu toda feliz e contente, quando ao passar junto de umas obras, lá furou o pneu ou lá o que foi e... o tal zig-zag até bater no rail e ficar na vertical (o carro). Tirando o trauma da minha irmã só dizer palavrões quando liguei para a casa, a chorar, o trauma maior foi... mais uma vez pagar o arranjo. Apenas... 2000€, desta vez. Apenas...



O TERCEIRO



O velho carro acidentado ainda existia, mas eu já tinha um mais bonito e novinho, meu, todo meu. Faltava um mês para ele fazer 3 lindos aninhos. Sim, comprei-o logo a seguir ao 2º embate.

E lá vou, novamente feliz da vida, nas calmas, quando a seguir a uma curva apertada, ou melhor, em cima de uma curva apertada, numa estrada estreita, chego-me demais à berma, bem funda por sinal, e... m****! Perco o controlo do carro, faço umas curvas malucas na estrada e... PIMBA! Contra o rail!!! Desta vez, foi mais grave, dado que fiquei com o carro meio fora da estrada e estava a uma altura de uns 100 metros que terminavam no rio. Sabem aquela situação muito chata que dá nos filmes, quando os carros estão metade na estrada, metade no ar? Ora nem mais, eu vivi esse momento, porque nem sabia se me podia mexer dado que olhando de frente só via... nada! Ou melhor, via o céu! Borradinha de medo e por azar não passava ninguém naquele momento, tentei abrir a minha porta e a desgraçada estava empenada. A solução era sair pelo lado do passageiro. E lá fui eu, esperando que ele se aguentasse até eu sair. Aguentou! Nota-se, não é? Senão não estaria aqui.

Desta vez, não liguei à familia. Foram chegando algumas pessoas, na verdade cada carro que passava, cada carro que parava para ver. Até que tiveram mesmo de bazar porque aquilo era uma estrada cheia de curvas e já se ouvia a chiadeira dos desprevenidos. Bom, liguei a um amigo da altura, chamei o reboque, a GNR, fiz o teste de alcoolémia, preenchi a papelada e fui para casa. Só quando cheguei é que percebi que tinha deixado a chave no carro, por isso, foi assim que dei a noticia à minha gente: "Estou, pai? Onde estás? Podes vir a casa abrir-me a porta? É que tive um acidente e deixei as minhas coisas no carro."




Por isso, em 2009 haverá mais!!! (Percebem porque escrevi no presente os pontos comuns?!) :-DDD

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Mata-se por qq coisita!


Um homem foi assassinado por ter lançado um piropo à namorada de outro. O assassino levou 11 anos de cadeia.


Outro morreu, atingido por ácido, por ter acabado a relação, em 2001. A namorada assassina levou 7 anos (???) e ainda não começou a cumprir, pois tem recorrido da sentença.


Uma mulher e as 2 filhas foram mortas pelo marido e pai, respectivamente, por alegados problemas financeiros.


3 jovens foram mortas, alegadamente (ainda decorre em tribunal) por um ex-GNR, por este ter dificuldades em fazer funcionar o zézinho. Se for culpado, não leva mais que 25 anos de cadeia.



É caso para dizer que hoje se mata e morre por qualquer motivo idiota. Um gajo bate no meu carro, é logo um tiro. O vizinho tem a música alta, mais outro tiro. A vizinha é chata? Tiro. Esta pode ser o ácido! :-p


E depois, as condenações? Dignas de um programa humorístico! Em Portugal, quer se mate 1, quer se mate 100, não leva mais de 25 anos e se tiver bom comportamento, sai ao fim de 10 ou menos!


Não sou a favor da pena de morte. Alguns crimes bem o merecem, mas mesmo assim, sou pela prisão perpétua e trabalhos forçados. No entanto, acho que é gozar e desvalorizar a vida humana quando uma mulher por ciúmes mata um homem com ácido, põe o pobre em agonia durante 23 dias e ainda alega que estava a sofrer de uma depressão (Lá está, que se matasse a ela.) e leva APENAS 7 anos de prisão. E ela ainda recorre? E está em casa à espera porque terminou a preventiva?


Não entendo esta justiça e até já fico admirada por não haver mais criminalidade. Afinal, vale a pena matar em Portugal.

25 dias

Faltam 25 dias para as minhas férias. Nesta altura do campeonato eu diria "Yupiii!!!", infelizmente faltam 25 dias para as minhas muito esperadas férias e eu não sei onde, como e com quem as vou passar. E por muito que gostasse de viver o momento e só o momento, a minha experiência diz-me que se não as marcar com antecedência, vou ficar em casa e vou chorar! Porquê? Por esta altura, umas já têm as férias marcadas com os respectivos namorados, outras com a família, outras com amigos. E eu também tinha as minhas muito bem pensadas, até que as vontades e os planos se alteraram. Mas, pronto, tudo bem. Agora, eu só quero férias. Mas não umas quaisquer! Quero sair de casa por uns dias, não pensar em trabalho, em lides domésticas, em problemas. Quero ir para um sítio diferente (e nesta altura a praia já nem é essencial), que eu não conheça, onde não vou encontrar ninguém conhecido. Quero fugir por uns dias e voltar, nova e fresca, para mais um ano de trabalho e preocupações intensas!
Aceito sugestões. :s

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Mulher casada


Eu e a minha irmã mais velha, a Ranhosa, sempre tivemos uma boa relação, até ela casar. Para mim, ela era uma rapariga de mente aberta, que gostava de sair e de se divertir. A nossa relação esfriou um pouco quando ela casou e gelou quando a minha mãe morreu.


É engraçado que reconheço-a em qualquer lado, se ela estiver de costas. Primeiro, porque tem um jeito de andar muito peculiar, sempre acelerado, como se não tivesse tempo a perder e depois, porque se estiver acompanhada por outras mulheres ela gesticula muito, mostrando toda a certeza do mundo sobre o que está a falar. Ao lado do marido, ela não gesticula.


Ela trabalhava com a minha mãe. Na empresa onde estavam as empregadas tinham ou a idade da minha mãe ou a idade da minha irmã. Ser casada era como pertencer às mais velhas, ser responsável, ter um "home". Quando ela casou, passou a ser uma senhora (na ideia dela), passou a saber mais sobre o mundo (ah!!! a descoberta maravilhosa das quecas... numa cama), passou a andar mais rápido porque tinha uma casa para cuidar, passou a gesticular mais porque agora sabia mais que as amigas, tinha outros objectivos e (queria ela dar a entender) outra liberdade. É que a minha irmã casou há 13 anos, percebem? Eu já faço outra vida e tenho outras ideias, mas ela ainda vem de uma geração em que liberdade significava sair da casa dos pais para casar.


Não foi só ela. Mais ano menos ano as amigas foram casando e saindo de casa. Deixaram de se ver fora do trabalho. Já não eram meninas. Eram senhoras, com uma casa e marido para cuidar.


Hoje, algumas delas, já se viram livres dos maridos, outras encontraram nestes o apoio necessário para esperarem mais da vida, foram terminar os estudos, procuraram melhores empregos... uma até foi viver para o Algarve e hoje é agente imobiliária e com muito sucesso, o que a faz roer-se um pouco. Porque ela, afinal, não tinha assim a mente tão aberta, não sabia assim tanto do mundo e não tem opinião. Faz o que o marido manda e passa a imagem de que é o que ela quer também.


Até as senhoras da geração da minha mãe são, hoje, muito mais livres que ela. Com 50 anos organizam jantares com as amigas, vestem a última moda, maquilham-se e vão sozinhas ao café e ela olha-as com inveja, disfarçada de censura. Onde já se viu? Viver a vida como ela merece! Que escândalo!

domingo, 15 de julho de 2007

Queremos sangue!!!




Queremos sangue! Queremos luta! Queremos palavrões, arranhadelas! Digam lá que não é verdade! Digam se têm coragem!

Ou seja...



Nada de praia, certo? Lá vinha eu, desiludida da vida, triste como o raio. Passo junto ao local onde tive o meu 2º grande acidente. Já foram 3, para o caso de não saberem. Por acaso sobre isso tenho uma história interessante, mas já chegámos lá.


Ora bem, no meu 2º grande acidente, vinha eu descontraída da vida e a uns 50 à hora. Coisa rara em mim, porque quando conduzo sózinha, só ando a 50 se houver beaucoup de trânsito. Não estava a comer (já tinha acabado), não estava ao telemóvel (já tinha desligado) quando, ao passar junto a uma zona de obras, o carro (do pai) começa a dançar aos zig-zag, mais parecendo uns quantos borrachões que eu conheço. Resultado? Fui contra os rails, a terra estava húmida, o rail cedeu um pouco e o carrito ficou na vertical. Nunca tinha visto, mas também não quero repetir a experiência. O pormenor interessante deste meu acidente foi quando liguei para casa e ao avisar a minha irmã as primeiras palavras dela foram "Estás bem M.?"... Era giro, não era? Pois era, se fosse verdade! Não, meus amigos, não. Ela disse, e transcrevo a verdade mais absoluta possível, pois até hoje ainda me lembro... ela disse "F***-se, M.! Oh, f***-se! Outra vez?"


Como eu dizia, passei junto a local que me traz tão traumáticas recordações, quando vejo... que não sou a única azarada. ehehehe Houve um (ou uma) que não só ficou na vertical, como deu cambalhota e ficou de rodinhas para o ar! Lindo! Nunca tinha visto e achei muito interessante! Eu e mais uns 100... vá lá, uns 50... ou talvez fossem só uns 10... MAS, havia muitos a parar! O que me fez logo pensar que nós adoramos ver estas coisas. CRASH! PUM! Adoramos. Em 10 minutos, quase aposto, haveria novos acidentes devido a: 1º o abrandamento de quem passava e queria ver e 2º o abrandamento, seguido de paragem, para quem queria ver e ABSORVER todos os pormenores suculentos.


Porque, diga-se a verdade, se é um toquezito, ninguém pára, ninguém se interessa. Abana-se a cabeça, encolhe-se os ombros e continua-se a viagem. Mas, um carro de rodas para o ar... isso sim! Traz grande história. Por exemplo, em conversa com amigos, a relatar o meu acidente, eu diria: "Pá, nem sei como estou aqui inteira e viva! Nem imaginam! Fui contra uns rails, a terra cedeu, o carro inclinou-se e eu pensei que ia cair... foi horrível! E se tivesse caído? Podia ter-me magoado mesmo à séria! Podia ter morrido, partido o pescoço, sei lá...! Ainda tremo."


Pois, a verdade é que bati e como nem foi por causa da velocidade, o rail de facto cedeu um pouco e o carro ficou quase na vertical, mas eu saí logo e ele estava preso em baixo. Seria um tiro no escuro ele cair...


Agora, o acidentado de hoje... maravilha! O que ele não terá para dizer? A não ser que de facto tenha partido o pescoço e tal, já que o carro caiu mesmo... oops! :s

oh, pá... matem-me!!!


Que é isto? Uma gaja vai passar o fim-de-semana fora de casa, faz planos, vai finalmente ter a primeira praia do ano e... chove!!! Mas chove como o caraças! Bolas, não mereço! Buáaaaaaaaa!!!


Ontem, fui ver o Harry Potter! 'Dasse! Não gostei nada deste último. Talvez se ler o livro a coisa melhore... :s Mas, pior que o filme, foi mesmo o sítio onde fui: o Shopping! Era a porra de um shopping com lojas vazias, lojas fechadas e restauração? Quase nada! A comer porcarias, ao menos deixem-me escolher bem!


(E perguntam Vossas Excelências, porque fui ali? Porque, o outro que era bem melhor fechou para obras e este era a alternativa mais próxima, devido ao sítio onde ia passar a noite.)


Não sou adepta de shoppings. Geralmente, vou lá quando tenho ideia de ir comprar uma coisa específica, ou se vou ver um filme. Como hoje, supostamente, ia a Ponte da Barca, optámos por nos deitar cedo, por isso nada como um filmezinho e tal.


Mau filme, mau dia para praia! E agora???

sábado, 14 de julho de 2007

Agora percebo...

Sabem aquele sorriso quase maternal que temos quando vemos uma adolescente de 15 anos a viver... Esperem lá, isso era no meu tempo... quando vemos uma adolescente de 11 / 12 anos... hmmm, também não... ah! quando vemos uma adolescente de 9 / 10 anos... OK! OK!... quando vemos adolescentes como a minha afilhada de 4 anos a viver o seu primeiro amor e dúvidas acerca dele (fica com o João que lhe empresta os brinquedos ou com o Manel que brinca com ela?)...??? E nós olhamos e pensamos "Tão gira! Daqui a uma semana já não é o João nem o Manel... ou então estará a chorar baba e ranho como se fosse o fim do mundo..."


Pois, imaginem então que têm 20 e tal anos, já viveram umas coisitas boas e outras menos boas. A tendência é para não fazer grandes demonstrações do que sentem, não é? Quer dizer, já nãoé o primeito amor, cheio de novas e inebriantes sensações... Mas imaginem agora que desta vez decidiram fazer diferente. Decidiram assumir em pleno o que sentem.

Não acham frustante quando estamos felizes e contentes, os olhos brilham e nada nos chateia, fazemos planos e sonhamos e os outros à nossa volta olham-nos com aquela ar céptico de quem não acredita que vá durar? Mesmo a família, com toda a sua preocupação natural, não consegue reagir com total naturalidade.










E o que dizer quando têm razão, não durou, e temos de admitir que acabou e nos olham com aquele olhar de pena? Ou de preocupação? E depois vêm os sucessivos "Estás bem?", duas vezes ao dia pelo menos!


Mas fixe, fixe (sarcástica mode) é quando nós dizemos "Acabou, ficámos amigos,não há nada para dizer." e nos dizem "Não fiques assim...!"


Não fiques assim, como? Por acaso chorei baba e ranho? Por acaso estou a dar murros na parede?


Isto faz-me lembrar quando alguém morre. A pessoa nem era muito próxima, nós vamos ao funeral mais por consideração dos parentes mais próximos e tal. Então, lá estamos nós no nosso canto a pensar na vontade desesperante de fumar um cigarro ou de pegar numa revista, quando lá vêm as velhas do costume que mais parece andam ali apenas para compor o cenário e chegam-se à nosssa beira, essas sim a chorar baba e ranho, e agarrram-nos e dizem "Tens de ser forte! Não chores!" e nós "Se insiste!" e elas continuam a dizer o mesmo, até que nós começamos mesmo a chorar mas porque a velha nos aperta tanto e estamos prestes a morrer sufocados.


Mas pronto, como tudo na vida, há coisas bem piores. É o que eu digo sempre: quando as coisas correm mal temos de lembrar-nos que podem ser bem piores. Como quem diz, se fores na rua e um pássaro te cag** na cabeça, pensa que sorte é as vacas não terem asas!!!










sexta-feira, 13 de julho de 2007

Palavras? Leva-as o vento.
(As imagens têm outro valor.)

Bom fim-de-semana, crianças!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Rancor


Na nossa vida, desde a infância até à idade adulta, e em todas as várias fases da idade adulta, vamos vivendo experiências mais ou menos marcantes. É um dado adquirido, todos sabemos. E todos sabemos que o tempo e outras novas experiências vão apagando aos poucos a importância das primeiras, até que estas não passem de meras recordações, sem o dom de nos magoar como inicialmente. Até a perda de um ente querido vai ficando cada vez mais suportável com o passar dos anos.


Posso dizer, com grande satisfação, que não sinto rancor a ninguém. Aliás, considero esta uma palavra muito forte. Rancor a sério e verdadeiro nunca tive a ninguém. Claro que sou humana e já obtive "prazer" com pequenas partidas ou castigos que a vida pregou a quem me maltratou, mas daí a manter esse "prazer" por tempo indeterminado ainda vai um passo muito grande.


No entanto, todos sabemos de pessoas que guardam um rancor tão grande e profundo a outras, que o tempo em vez de apaziguar, ainda aumenta. Aliás, não é o tempo, são essas pessoas, que não conseguem prosseguir a sua vida, que se prendem a episódios do passado e vivem em função deles.


E agora, eu penso "O que é preciso fazer para que o rancor não controle a vida de uma pessoa?"


Será que as pessoas não se apercebem do sentimento destrutivo que guardam dentro de si?



Quando eu era muito mais nova, era uma maria-rapaz agressiva, sempre respondona e mal-humorada. Claro que era o meu escudo contra uma terrível insegurança, própria de uma adolescente cheia de acne e com gostos algo diferentes dos restantes colegas. Houveram episódios que na altura me magoaram, porque achei que fui mal-tratada, mal-compreendida... mas eram coisas próprias da adolescência. Claro que hoje não aceitaria, porque a idade e maturidade são diferentes, mas também porque sei que eu própria não contribuí de nenhuma forma para isso.


O que me surpreendeu, há algum tempo atrás, foi saber que uma antiga colega de escola, com um feitio muito... hmmm... especial, ainda guardava grande mágoa a algumas pessoas que, no entender dela, a tinham julgado e condenado e enfim, foram más para elas. Claro que esqueceu as inúmeras vezes que a tinham chamado à atenção sobre a forma como falava ou agia (o tal feitiozinho). Além do mais, o pior que lhe fizeram foi ignorá-la aos poucos e poucos. É mau, eu sei. A indiferença ainda é das piores coisas que nos podem fazer. Ama-me ou odeia-me, mas não me ignores!


Isso fez-me pensar e reflectir. A vida triste e patética que pessoas assim acabam por ter. Porque uma coisa é guardar rancor, desejar no fundo que as coisas más aconteçam e ficar feliz com isso, outra é não esquecer, mas já nem se importar se aquela pessoa que nos magoou está bem ou mal.


Porque ao alimentar sentimentos assim, continuaremos a viver no passado, dando prioridade ao que já lá vai e perdemos oportunidades únicas de sermos felizes.


E digam lá, haverá melhor vingança, melhor mostra de maturidade (e superioridade) que sermos felizes, sem ligar ao passado?

100 à hora!

Eram 7h30 da manhã, desta manhã, e eu a pensar (enquanto preparava a dose de café diária) sobre o que escreveria hoje. Afinal, este não é um post qualquer.

Quis fazer algo leve e divertido, mas não me ocorrerem ideias. Algo sério e profundo? Também não. Nunca tive grande jeito, até porque a meio farto-me sempre e começo a despachar o assunto.

Falar sobre mim? Claro que não! Quem quer saber sobre a minha vida?

Vai daí, lembrei-me de procurar uma frase inspiradora, que assinalasse a proeza de escrever 100 posts em 2,5 meses! Sim, comecei a 22 de Abril, lembram-se? Depois do nosso fantástico jantar em Mira... Belo jantar, belos conhecimentos...

Enfim, dado que o meu pequeno espaço é onde faço perguntas, tento dar respostas e mais umas coisitas, uma das frases que encontrei e achei adequada, foi esta:




Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.



to me!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Recebi um mail promocional de uma residencial em Ponte da Barca. Lá está, tão perto e nunca lá fui. Já fui a Ponte de Lima, de fugida, e creio que não fica muito distante, mas à Barca ainda não. Dado que os meus planos para férias andam meio em stand-by, parece-me um bom sítio para relaxar, apreciar a natureza e fazer... NADA. Rigorosamente NADA. Como as férias deviam ser.


Pelo sim, pelo não, vou guardar o contacto. E como sou generosa deixo aqui:




E já agora uma foto da terra em questão:




A Babe é uma rapariga informada e que gosta de informar. Depois de pesquisa rigorosa pelas páginas das chamadas revistas masculinas, encontrei O artigo. Aquele que recomendo, aquele que ensina, aquele que tira dúvidas. Foi na GQ e como diz o autor peguem numa tesoura, recortem o parágrafo, plastifiquem-no e andem com ele na carteira.


Então, segundo o autor (desculpe lá, senhor, mas não anotei o nome) traição NÃO É:


- Ver pornografia

- Namoriscar numa festa

- Almoçar todos os dias com uma colega

- Deixar uma mulher fazer uma massagem nos ombros num bar (pode levar à traição, mas se ficar só na massagem não é)

- Assistir a lap dance ocasional



O que mais me divertiu (se me acontecer não vou achar nada divertido, aviso já) foram as desculpas esfarrapadas que alguns homens dão para não admitirem que estão a trair, mas, felizmente, o autor do artigo discorda (haja homens!):


- Dizem eles que se uma mulher agarrar a "piroquinha" deles com a boca, peito, mãos ou dedos não é traição (ATENÇÃO: Foi uma maioria esmagadora a pensar assim. Acho que o Clinton foi um deles.)

- Fazer sexo com um homem não é traição (É o quê, então?)

- Mentir dizer que vai para fora em trabalho, quando vai de fim-de-semana com a amante

- Qualquer coisa como "dentro das calças não é traição, fora é" (??!!!)



Mas, a lição não fica terminada sem as estatísticas:


INOCENTE


- Fantasiar regularmente com outra mulher: 25% dos homens considera traição


- Receber uma Lap Dance num club de strip: 32% considera traição


ÁREA CINZENTA


- Pagar para fazer sexo telefónico: 53% considera traição


- Receber um "final feliz" depois de uma massagem: 55%


INFIEL


- Apimentar ciberconversas com alguém que se conhecer na internet: 65% (não deve ser em Portugal, ou não havia tanto disso)

- Ter um caso com uma colega de trabalho: 92% (e os restantes 8% consideram o quê???)

- Fazer sexo com uma ex-namorada ou uma paixão do passado: 95% (para mim é dupla traição, mas 5% nem traição considera...)

- Contratar uma prostituta: 96% (não devem considerá-las pessoas, só pode)



Depois disto, fiquei sem palavras, para expressar o meu mais profundo espanto...






domingo, 8 de julho de 2007

Mais um


Já me fizerem este desafio antes e eu não aceitei porque achei pouco apropriado responder. No entanto, começo a pensar que não tem nada de mal (a não ser uma invasãozinha de privacidade mental... mas quem repara, né?) e por isso, respondendo ao Topo de Gama e FC, aqui vai:


1.Indica dois sítios insólitos onde já mandaste uma queca, caso não tenhas tido essa ousadia, diz dois sítios onde gostarias de mandar.


R: Insólito??? Para uma jovem inocente como eu, tudo o que éfora da cama é insólito. Estou a brincar, crianças. Houve 2 sítios onde queria realizar e realizei. Não os considero insólitos, mas já vai de cada um. Um foi na casa-de-banho de um restaurante e o outro numa piscina. Ambos tramados, pelas posições e risco, mas sem dúvida a repetir.


2.Três palavras ordinárias que utilizes frequentemente (antes, durante ou depois) do acto sexual.


R: Acho que não digo nada. Sinceramente, mal corria se estava atenta ao que se fala nessa altura!


3. Quantas vezes tens sessões de sexo individual por semana?


R: Vou ser sincera. Já tentei e não gostei. Preciso mesmo de alguém comigo. Às vezes a vontade aperta, mas já sei que não vou achar piada, por isso, pego num livro ou tento dormir. Ou... estimulo a imaginação para quando estiver com o meu jove!


4. Qual a posição que mais gostas durante o sexo?


R: Varreu-se-me o nome da cabeça, mas uma delas é o doggie style, sem dúvida.


5. Diz duas fantasias sexuais que já realizaste e duas que gostarias de realizar.


R: As realizadas mencionei no ponto um, mas enquanto o cérebro funcionar mais ideias ocorrerão... Por isso, sei lá... hmmm... lá está, as coisas vão surgindo na hora e eu gosto de tudo que seja saudável e indolor!!!



6. Qual a maior mentira que já contaste para obter sexo?


R: 'dasse! Isso ainda não me aconteceu.


7. Qual a maior mentira que já contaste para não ter sexo?


R: As mentiras costumam ser pequenas e acabam com um invariável NÃO, se fizerem ouvidos moucos.


8. Depois de te fazerem o “oral” (broche ou minete), deixas que te beijem na boca ou tens nojo?


R: Amigos, teria nojo se estivesse na lama. Olha, uma fantasia a realizar! Mas, se ambos têm hábitos frequentes de limpeza e higiéne não há nada no sexo que me meta nojo.


9. O que é que te “corta MESMO a tusa” durante o acto?


R: Enerva-me se se põe a conversar. Porque eu quero sentir, não quero ouvir. Claro que uma palavrinha de vez em quando não fica mal, tipo "Sim"!?

O Pai Natal e o Menino Jesus



A minha descrença foi gradual. Não acordei um dia e disse "Vou deixar de acreditar". Não. O primeiro momento de dúvida foi quando descobri que afinal não existia Pai Natal. No meu tempo de criança, a publicidade não era como agora, não havia grandes superficies a cada esquina, lojas bonitas e chamativas só nas grandes cidades, logo não havia aqueles pedidos frenéticos e exigentes deste ou daquele brinquedo. Tudo o que vinha era bom. Desde a caixa de chocolates, as "Barriguitas", os "Nenucos",... A maior alegria era acordar e descobrir os presentes! Por isso, descobrir que afinal eram os pais que lá punham os embrulhos debaixo do pinheiro, foi a maior desilusão do mundo (à escala de uma criança de 6 anos).



Para começar, foi na catequese que me deram a terrível notícia. E eu, já devia ter um carácter prático na altura, achei dificil de engolir que existisse um Menino Jesus, quando afinal não havia um Pai Natal. Porque tinha de deixar de acreditar num e acreditar noutro???




A seguir, aquela obrigação de ir à missa. Ainda que o padre fosse porreiro e houvesse danças e umas músicas engraçadas, não deixava de ser chato. Não entendia e não gostava.

Depois, entrei na adolescência. No meu tempo entrava-se na adolescência pelos 13, 14 anos... Agora, aos 9, o Ken já não é o namorado da Barbie que lhe dá a mão e a leva a passear no carrito cor-de-rosa, mas sim o seu amante das noites escaldantes! :-))) Ou seja, comecei a questionar o porquê das coisas. E achava mesmo inacreditável que as catequistas me dissessem o que era certo e o que era errado. O divórcio é errado? E se o marido espancar a mulher todos os dias? Continua errado? A resposta era... silêncio.

A juntar a tudo isso, não ver nas personagens principais da Igreja os exemplos que deviam ser, ver que quem ia à missa ainda era pior com os outros do que aqueles que não iam, quem mais apregoava a moralidade era quem mais pecava... deixei de facto de fingir que acreditava na existência de um Deus, tão poderoso, tão poderoso que, segundo passagens da biblia, puniu severamente quem não acreditava nele. Tão poderoso que não impedia as guerras, a fome, a pobreza... era tudo fruto da mão do homem... que ele tinha criado... à sua semelhança (???)...


MAS... ainda assim, apesar de toda a minha descrença por estes e por muitos mais motivos... tenho maior respeito por aqueles que têm fé... por aqueles que têm o dom de acreditar, sem provas concretas e científicas. Aqueles que confiam, que acreditam... Espero que sejam bem mais felizes que eu por terem essa capacidade.

No entanto... tenho visto vários exemplos de pessoas que acreditando em Deus, têm perdido fé na humanidade. Refugiam-se cada vez mais no seu Deus, nos seus ensinamentos, desconfiando das pessoas, da sua sinceridade, da sua capacidade de dar sem exigir nada em troca...

Eu... acredito nas pessoas. Acredito que todos nascemos com todos os elementos bons dentro de nós, mas que são os percursos da vida que nos vão alterando. Acredito que podemos ser sempre melhores, basta querer. Acredito que quando digo algo, quando me comprometo a fazer algo, tenho essa intenção real e tudo farei para a cumprir. Acho que ainda é aquela faceta de que mais me orgulho em mim: a capacidade de acreditar nas pessoas. A minha fé na raça humana.

Claro que... claro que... todos os dias (ou quase) me desiludo, me desiludem. Basta ver as noticias, sempre terríveis... Basta ver o dia-a-dia, pequenas coisas de nada, onde somos terrivelmente mal-tratados pelas pessoas pelos mais variados (e insignificantes) motivos. Basta ver a confiança, a fé, que depositámos em alguém e depois, por motivos egoístas nos magoam. Mas, ainda assim insisto em acreditar nas pessoas. Porque se não acreditar que é possível... que raio fazemos aqui?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Mais esperas


Gosto desta. Embora nunca tenha feito. Não sou dada a violência. Mas...


ADORAVA FAZER UMA ESPERA A ALGUMAS PESSOAS!


Sim, meus amigos, adorava armar-me com um taco de basebol (ando a ver muitos filmes americanos) e dar uma carga de porrada em algumas pessoas.


Fazer uma espera! Expressão usada quando aguardamos pacientemente por alguém com o objectivo de lhe fazer mal... pronto, no meu caso seria dar um correctivo. eheheh


Um dos problemas é que eu não sou nada paciente, logo esperar por alguém 2 ou 3 horas ou mais, iria afectar-me os nervos ou fazer-me repensar no que estava a fazer.


Depois, mesmo que levasse a minha avante, mesmo que tivesse coragem para fazer uma coisa dessas, é pá! corria o risco de ser descoberta e sofrer as consequências.


Por isso, adorava fazer uma espera a alguém (tenho uma listinha mental de pessoas, na verdade), mas sou demasiado civilizada para descer tão baixo (além do mais, com 1,50 mt, se desço mais um bocadito ninguém me vê).

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Ainda as esperas


Uma vez, um ex-namorado pediu-me um tempo.


Já há algum tempo que o sentia diferente, distante, sem grande entusiasmo. Estávamos juntos há uns 7 meses, mas posso dizer que o último não contou, porque ele começou a evitar-me. O trabalho era sempre a desculpa. "Não te liguei porque estava numa reunião..." ou "Não posso sair porque tenho de ir a um cliente..."


Uma Babe (Certificada, ainda por cima) percebe, desde o primeiro instante, quando algo muda. Mas, eu deixo estar. Passa um dia, depois outro, uma semana, depois outra... Ao fim de umas 3 semanas, 1 mês, lá lhe perguntei directamente (sim, antes ia perguntando, sondando). A resposta, mais uma vez, foi que estava com muito trabalho, blá, blá, blá. E, aproveitou o momento para me pedir um tempo, para se reorganizar, medir prioridades, etc, etc, etc (tangas, meus amigos, tangas).


Na altura eu ainda não tinha 21 anos (faltava um mês, mais ou menos), era novinha em idade e experiência. Foi o meu primeiro namorado, mesmo e a sério! Nada daquelas curtes e tal. E ele já tinha uns 28 anos, por isso, era adulto... supostamente.


Ora bem, eu acedi ao pedido do tempo, julgando que era isso mesmo. Claro que não era. Nunca mais me atendeu o telefone e disse aos amigos que tínhamos tido uma discussão e a relação acabara. Enfim, um cobarde!



Esta coisa de pedir um tempo, de pôr alguém à espera, é a maior tanga que já ouvi. Por isso mesmo, se me pedissem novamente um tempo, eu diria que não. Mas, afinal, que raio é isso de se pedir um tempo??? Tipo: Dá-me um tempo para eu pensar se é melhor estar só ou ficar contigo? Dá-me um tempo para eu comer "noutros lados" e se não forem melhores eu volto para ti?


A partir daquele momento, a expressão "dar um tempo" passou a significar o mesmo que "acabar". Não ponho de parte, as pessoas reconciliarem-se, mas se me pedirem um tempo, eu considero a relação terminada e sigo a minha vida. E quando digo "Queres um tempo?" é o mesmo que perguntar se quer acabar. Se a pessoa disser que sim, eu digo "Adeus".


Pedir um tempo... É o mesmo que pôr uma pessoa à espera. À espera do quê? Que volte quando estiver cansado? É brincar com os sentimentos das pessoas, pô-las em sofrimento, em dúvida... O mal é que quando se gosta, muitas vezes agarrámo-nos a todas as possibilidades de esperança. É uma tristeza, mas é verdade. Por mim, que já lá estive, a resposta é NÃO!

terça-feira, 3 de julho de 2007

À espera...


1º A ESPERA BOA


Sabemos o que esperamos. Sabemos o que vem. E é bom. Andamos ansiosos, mas contentes. O coração dá pulinhos de alegria e antecipação. Esperamos pelas férias, pelo Natal (especialmente as crianças), por aquele concerto, pela escritura da nossa primeira casa, por aquela pessoa que está longe e prestes a voltar...


2º A ESPERA MÁ


Sabemos o que esperamos. Sabemos o que vem. E é mau. Quanto mais esperamos, mais nos habituamos à ideia. Esperamos pelas contas a pagar, tipo IRS e seguro do carro, pelo fim do contrato de trabalho, pelo jantar de família com parentes que não nos dizem nada,...


3º A ESPERA


Não sabemos o que esperamos. Não sabemos o que vem. E vai piorando de dia para dia. A ansiedade inicial passa a nervosismos, que passa a irritação crescente, que passa a impaciência aguda, que passa a stress grau máximo. Esperamos o resultados dos exames médicos (ou escolares), esperamos um milagre, uma solução a qualquer problema, esperamos por aquele telefonema prometido e que não acontece, esperamos... e desesperamos.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Risco de EXPLOSÃO!!!


Por acaso até sei ler mapas, mas decorar estradas e percursos é que não. Sou assim, tenho de fazer o mesmo caminho umas 50 vezes para saber sem errar onde virar e, principalmente, onde não virar.

Uma das minhas vítimas de eleição, a Belinha, sabe de cor e salteado que quando tenho dúvidas arrisco sempre. A maior parte das vezes sou obrigada a voltar para trás, mas já tive sorte, correu bem, a alternativa servia e o final foi feliz.


Também na vida sou assim. Na dúvida, arrisco. A maior parte das vezes falho, mas o risco é sempre calculado. Quando tomo uma decisão, a haver alguém lesado, que seja eu e só eu.



Quem não me conhece muito bem julga-me calma, paciente. Infelizmente, é daquelas aparências que enganam. Não sou paciente, não gosto de hesitações, não gosto de esperar ou fazer esperar. Se tiver de decidir alguma coisa é na hora. Mas, não são todos como eu. Então, tenho de me sujeitar (nem sempre, mas às vezes tem de ser) ao ritmo dos outros. É claro que há esperas e espeeerrraaassss!

Quando a espera é demorada, os sintomas da impaciência mal controlada começam a aparecer. Começo a sentir comichão, mesmo e a sério. É nas mãos, na cara, na cabeça... Sinto comichão. Ponto.

Não presto atenção nenhuma ao que me dizem. A pessoa fala e fala e fala e eu... nada. Começo a não reagir. Não sorrio, não respondo. E quando o faço só com monossílabos.

Depois vem a fase em que o simples tilintar de uma colher na chávena me afecta. Não consigo suportar barulhos, barulhinhos, sussurros...

Olho para as pessoas e imagino-me com um taco de basebol a partir-lhes os dentes. Imagino-me a passar de carro por uma poça de água e a molhar toda a gente, de preferência uma noiva vestida de branco.

Vou a conduzir e ponho a música alta e mesmo assim não a ouço. Não a sério. Ouço um ruído, nada mais.

Nestas alturas é dificil fazerem-me rir. Só pessoas muito especiais. Mas, depois... se ainda estiver "em espera" volto ao mesmo. E de dia para dia vai piorando.

Mas, continuam a julgar-me calma. Com estranhos não sou mal-educada, não respondo feio. Até sorrio (com os lábios, que os olhos continuam gelados). Nalguns casos estou a olhar para a pessoa, a sorrir ou a falar e rogar-lhe todas as pragas do mundo.


Geralmente, para não perder a cabeça fico em casa, no meu cantinho, a ler um livro ou simplesmente de olhos fechados a tentar descansar, pois não quero ver nem falar com ninguém. Mas, ao fim de umas horas já estou impaciente e farta de estar isolada e já só quero é sair de casa.



E vocês pensam "Esta, um dia, mata alguém".
Eu??? Ná...! Detesto violência.

Lição de bom português


Esta manhã, como habitual, estava a tomar o pequeno-almoço e a ver as noticias no canal 1. Pelas 7h30m dá a rubrica "Lição de bom português" e a pergunta de hoje era se usávamos maiúscula ou minúscula quando escrevíamos o dia da semana.


Modéstia à parte, não costumo falhar, mas, aparentemente, hoje errei. Segundo eles escreve-se com minúscula.


Devo dizer que eu (e talvez 90% dos portugueses) sempre usei maiúscula para os nomes de qualquer coisa, pois foi assim que me ensinaram. Dias, meses, nomes de pessoas, de lugares...


Estive tentada a fazer 2 coisas:


Descer a rua, bater na porta da casa da minha ex-professora primária e perguntar-lhe porque me tinha ensinado mal.


Ligar à RTP1 e perguntar à senhora que faz as perguntas onde lhe tinham ensinado aquilo.


Depois, lembrei-me das centenas de livros que já li, jornais e afins, e verifiquei que erro é tão comum que já deve ser regra. Desde tradutores, a revisores, editores...


No entanto, espero que alguém mais informado que eu me esclareça afinal o que está bem e porque é desta ou daquela forma.