quinta-feira, 3 de maio de 2007

Separações em massa


Ontem, durante um café com uma amiga, falou-se da onda de separações entre o nosso pessoal conhecido. Jovens casais que namoravam há imenso tempo, anos..., e que de repente se estão a separar. E por coincidência, o final é ditado pelas raparigas.

Eu liguei esse facto ao seguinte:


1ª A maioria das relações iniciou-se ainda na adolescência ou pouco depois de ingressarem no ensino superior. Durante todo esse período foram companheiros nas borgas, nos estudos, no apoio. Apesar de tudo é bom ter-se alguém com quem podemos contar, para nos mimar e cuidar.

A vida é relativamente fácil e tudo se resolve. Estão a crescer juntos e ainda não há aquela necessidade de fazer valer os nossos ideais, pois há tempo e até acabarem os estudos estão dependentes dos pais.


2ª Os estudos terminaram. Começam a pensar em termos de futuro. Já não há aquela vontade toda de festa, festa e festa. Começam a curtir saídas mais calmas. Alguns começam a juntar os trapinhos. Querem mais segurança. Querem compromisso. Estão a entrar no mercado de trabalho e não há oportunidades para repetir exames. A pressão é outra e o que menos querem ou precisam é de noites mal-dormidas e ressacas descomunais no dia seguinte. Na minha opinião, essas necessidades começam mais cedo nas mulheres, vai daí sentem que os gajos não as entendem e que com eles não vão a lado nenhum.


3ª Começam a conhecer outras pessoas fora do grupo dos amigos da escolinha. Vão trabalhar para empresas, têm colegas mais velhos ou já com outras experiências. Vêem que podem aspirar a mais. Há ambição em subir cada vez mais alto quer a nível pessoal como profissional. E o namorado ou namorada estão a impedir em vez de ajudar. Agora que têm de se mexer sózinhos percebem que os objectivos são diferentes.
Obviamente há sempre outras condicionantes, mas penso que a necessidade (não mútua) de algo mais seja a maior causa.




13 comentários:

Anónimo disse...

Sim, acontece muito isso de que falas. Comigo aconteceu o mesmo quando comecei a trabalhar. Lá se foi o namoradinho de longa data da altura! :-D

Anónimo disse...

Eu penso que resumiste bem o assunto. Por exemplo, eu não me imaginava hoje com o meu 'piqueno' da faculdade - ele só fez sentido naquela época.
Mas acho preferível acabarem a relação antes de casarem; do que casar, gastar uma pipa de massa, torrar a paciência aos convidados com ramelices 6 tal, e passado 1 ano... divórcio!

Babe Certificada disse...

Kitty, julgo que quase toda a gente teve uma experiência semelhante. Eu cá, nunca tive longas relações, assim só sei pelo que vou abservando.

BC, esses exemplos existem aos montes. Anos e anos de namoro, casam e acabam logo de seguida.

Anónimo disse...

é triste, é doloroso e deixa marcas. Mas desde que a mudança seja para melhor...
Estamos cá nós, não é babe?!?! Hi hihihiih.

Topo de Gama disse...

E de uma maneira suscinta, resumiste a coisa... Quando se conhece muito de apenas uma coisa, é dificil manter uma chama acesa, principalmente nos momentos de maior aperto e conflitos..

A malta sabe que o amor é um sentimento muito bonito e coiso e tal, mas ter de pagar contas, ter de aturar outra pessoa, ter de conviver as vezes com pessoas ke nao te dizem nada, nao é pêra doce... Por isso é que acho ke ha "detalhes" de grande importancia! Esses fazem a diferença, alimentam, promovem um "meio termo" e fazem com que os intervenientes se sintam excelentes por natureza.. e disponiveis...

bjins :) bom post!

Babe Certificada disse...

Drini, o hihihi cheira-me a esturro. Deixa-te estar que logo já me contas!

Topo de Gama, vai daí, provar de tudo um pouco para saber do que se gosta mais? É bem... Mas, tens razão, o dia-a-dia com as suas rotinas, a necessidade de espaço e compreensão, podem ditar o fim de uma relação. Os detalhes contam e muito... Mas isto já a um outro nível. Aqui parece-me que a problema reside na mudança (necessária) de vida e costumes e na não aceitação desta.

Mulheka disse...

Aqui para estes lados a coisa ta um pouco diferente... o pessoal que andou cmg no liceu, vai-se quase todo casar. 3 casamentos este ano... de pessoal da minha idade com quem andei na escola.
Sinceramente acho que é demasiado cedo. Tirando os namoricos que toda a gente tem na adolescencia, namoros "a sério" digamos, só tiveram este... acho que é um passo demasiado grande e demasiado cedo para 2 pessoas que "só se conhecem uma à outra", se é que entendes o que quero dizer.
Apesar de ter as minhas dúvidas, espero que não tenham os finais que descrevest no teu post.
Beijo

Babe Certificada disse...

Mulheka, isso é coisa que me aflige muito. Aliás eu não falei sobre isso, mas não são raros os casos de casais com poucos mais de 20 anos e que ao fim de 2 ou 3 anos já estão em guerra aberta. Pá, com tudo o que há para ver e viver... com 26 anos, não sei se estou preparada para um passo desses. O gajo que me levar ao altar vai ser grande senhor. Além do mais facilmente vão ter dúvidas sobre se não abdicaram de muita coisa e tal...

Actriz Principal disse...

Curiosamente, também eu e o meu grupo de amigos da faculdade passámos pelo mesmo pouco após a licenciatura. Houve quem acabasse e seguisse para outra; houve quem trocasse uma (ou um) pela outra (ou pelo outro); quem se juntasse e se separasse um ano depois; quem casasse e se divorciasse mais tarde. E foi por levas, durante um período andou tudo louco no casa-descasa; a coisa acalmou por uns tempos, para depois causar mais umas mossas.

Hoje, se olhar para eles, consigo ver de tudo: quem tem a cabeça orgulhosamente erguida e está só; quem é feliz cumó caraças e tem um companheiro fabuloso; quem está acompanhado e deve fazer um frete descomunal; e muito mais.

Sabes, já pensei mais nisso. Hoje, acredito que se tudo o resto na vida tem acontecido na altura mais apropriada, porque não neste campo também? Mas sempre atenta, claro!

Beijos! Gostei muito do post! Deves andar com uma inspiração diferente... assim mais alta...

Babe Certificada disse...

AP, pois, parece-me que a história não é nova... Quanto à inspiração, é curioso que digas isso, mas não, não acho que tenha mais inspiração que o habitual. ;-p

Ana disse...

Acho que tudo tem a ver com a nossa própria mudança.
Faz parte do crescimento e amadurecimento alterar certos objectivos de vida, certas vontades, certas prioridades e nem sempre quem está ao nosso lado "cresce" na mesma direcção.
Enquanto se é jovem e estudante, os objectivos, os hábitos, as vontades são basicamente as mesmas.
Mas quando se começa um vida de "adulto", as coisas mudam e se não continuar a existir essa afinidade, o relacionamento morre.


Bjs

Martini Man disse...

Eu tinha um amigo chamado Zuko que era cheio de teorias e tambem tinha uma para isto.

Dizia ele que isto era por ciclos: Havia o ciclo do liceu, depois o da faculdade, depois o do trabalho-casamento, depois o do divorcio, o do reencontro e o do lar e terceira idade.

E no inicio de cada ciclo havia a possibilidade de encontrar mocinhas interessantes.

Cheio de teorias o gajo...

Babe Certificada disse...

Ana, não tiro uma virgula ao que disseste.

Martini, tu preocupas-me. Vais ver que ainda encontras uma bela azeitona para te fazer companhia... bjs lindo